A vida é uma casa que construímos com as próprias mãos, criando calos, esfolando joelhos, respirando poeira.
Levantamos alicerces, paredes, aberturas e telhado.
Podem ser janelas amplas para enxergar o mundo,
ou estreitas para nos isolarmos dele.
Pode haver jardins, pátio, por pequenos que sejam,
com flores, com balanços, para a alegria; ou só com lajes frias, para melancolia.
Vendavais e terremotos abalam qualquer estrutura,
mas ainda estaremos nela, e ainda poderemos
consertar o que se desarrumou.
Lya Luft
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