A quem possa interessar, eu vivo de trajetos silenciosos e
pensamentos soltos.
Vivo por mim. Pela necessidade de deixar algo de bom no
caminho.
Tenho amnésia seletiva.
Costumo assinar a saudade no final de tarde.
Rabisco muros a giz....
A quem possa interessar, sou terra de ninguém.
Sou solta na vida.
Ando acompanhada da voz de Deus.
Dos perdões que dei.
Dos sentimentos que entreguei de bandeja.
Das coisas que permiti o coração sentir.
Sou do ar, da terra , das entranhas e euforias do amor.
Sou fruto do que escolhi.
Dos arranha-céus que pulei.
Da paz que ninguém precisa reparar.
Das coisas que ainda tenho pra contar.
Do hoje que gosto de sentir.
_____Sil Guidorizzi